sexta-feira, 4 de março de 2011

Próxima Etapa



Este silêncio é assustador. Não porque talvez ele não seja necessário, mas porque mesmo sendo necessário, ele machuca. E ando muito ferida pra suportar um pouco mais de dor. Então eu queria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, sabe? Porque esta incerteza toda tem me desnorteado demais. E uma ansiedade aguda toma conta de mim minuto a minuto.E ainda há a saudade.E mesmo que as previsões sejam positivas, tudo ainda me parece tão longínquo!E estou com pressa, e sede e fomes demais. Percebe como minhas palavras estão respirando com dificuldade? Então eu te peço pra não me deixar tão sozinha assim nesta fase. Mesmo que haja sol e as ondas vão e venham incansavelmente me lembrando do movimento da vida, a sua voz me faz tanta falta quanto uma brisa. Não que tenha me faltado companhia, mas em algum momento o abraço termina porque as pessoas têm as suas vidas. E ainda, o barulho das cidades têm me incomodado tanto quanto este silêncio denso. Então eu fico sem saber pra onde ir. E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto até que alguém venha me abraçar novamente. E às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo. De paz. Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada.
*
*
Só estou te dizendo estas coisas porque acho estranho você não ter a menor curiosidade em saber como tenho me sentido. Depois de tudo. Porque não existe um segundo sequer em que eu não pense e queira saber e deseje que você esteja bem. Só isso.
Tudo ficou muito distante e as estradas não conseguem chegar ao mesmo ponto.

O melhor, é que o silêncio fortalece, me faz crescer, o isolamento é necessario para que possa entrar luz!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Namoro do dia 25.02

Sim, minha namorada
Eu digo sim
Que graça será
Poder celebrar o nosso namoro




Depois, dia-a-dia
Conta de luz
Vazamento na pia
Comer de quentinha
Passear de mãos dadas
Dormi de conchinha
Arrumar a cozinha
Olhar lua cheia
Biscoito na despensa
Andar de moto
Esquecer a carteira
Plantar bananeira
Álbum de fotos
Visitar parente
Opinião diferente
Varrer a sala
Trocar documento
Vestido de gala
Comer Chocolate
Beber Campari
Geladeira vazia
Presente novo
Água e pão com ovo
Que filme chato
Porta-retrato
Cuzcuz com Calabresa
Inhame com Requeijão
Esticar a dormida
Trocar travesseiro
Fósforo no banheiro
Deitar no colo
Trocar a toalha
Camisas de malha
Chegar cansada
Perfume genérico
Falar adoidado
Quadro na parede
Pendurar a rede
Bateria fraca
Torcer pros hermanos
Inventar paraíso
As bocas pro riso
Os olhos pra choro
Viver todo dia
O nosso namoro




E nesse amor tão bacana
A cada semana
Deixar mais latente
Com cores e sons
Em ritmo quente
Esse amor que arquiteta
A se construir
Esse amor a mancheia
De amar com fé
De qualquer crença
E esse amor do caramba
Se tiver uma doença
Que seja o inveja
Pois cerveja é o soro
Bebamos em brinde
Ao nosso namoro




Viajar pela vida
Aprendendo com o outro
De felicidade
Pra nós e pro mundo
Em cada passo
Derramar de verdade
Nesse tempo escasso
Todo amor que é nosso
Revelar-nos
Cheios de bem-me-quer
Num beleléu qualquer
É isso que merece
O nosso namoro




E, quando mais tarde
Saudade que encarde
Todo conhecimento
Cortinas ao vento
Numa manhã de outono
Rugas nas faces
Acordar do meu sono
Contemplar sua paz
A sonhar do meu lado
Te despertar com afago
Te fitar nos olhos
Ver ali aquele mesmo olhar
Que sempre me foi abrigo
E ainda te perguntar
Quer namorar comigo?




* A namorada mais Liiinda, pelo dia...e por me deixar provar que não há nada além do querer!
Te AMo

domingo, 13 de fevereiro de 2011

13

Estou sentindo uma dor tremenda, parece que a minha pele quer abandonar o meu corpo, o corpo que só faz tremer (...)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Que nada seja só um Sonho


Que a minha intensidade não me impeça de respirar vezenquando, pois suspiro o tempo todo pra encontrar espaço nesse peito que já nem se cabe. Que essas explosões de vida, de beleza e dor me permitam ao menos, por alguns momentos, absorvê-las com tranqüilidade: para que eu consiga dormir sem ter de chorar ou gargalhar até a exaustão, pois sinto falta de apenas lacrimejar ou sorrir sem contrações, descontraída. Que a felicidade não me doa sempre e tanto, a ponto de assustar. Que haja alguma suavidade nos meus olhos diante do cotidiano e que eu não me emocione exageradamente com esta delicadeza. Que eu possa contemplar o mar sem que ele me afogue por completo. Que eu possa olhar o céu imenso e que isso não me aniquile por lucidez extrema. E que quando eu escrever um texto, ao ser publicado, assim, despido de qualquer revisão emocional, dotado apenas da intuição que me foi dada, que encontre a fonte precisa que agasalhe a palavra “palavra”. Que eu não viva só em caixa alta, com esses gritos que arranham silêncios e desgovernam melodias. Que eu saiba dizer sem que isso me machuque demais. Que eu saiba calar sem que isso me provoque uma tagarelice interna inquieta. Que eu possa saber dessa música apenas que ela se comunica com algo em mim, nada mais. Que eu possa morrer de amor e, ainda sim, ser discreta. Que eu possa sentir tristeza sem que ela se aposse de toda a minha alegria. E que, se um dia eu for abandonada pelo amor, não deixe que esse abandono seja para sempre uma companhia.

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Que tudo permaneça no mesmo lugar!