domingo, 31 de outubro de 2010

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Eu prometi pra você, logo depois do reencontro que publicaria um livro com a nossa história. No inicio não foi preciso procurar muito por você, você tava aqui, eu já te observava, já te queria, isso é fato! Foi de pirraça que andei sem rumo. Tão bom lembrar a euforia que tomou meu corpo quando escutei o que o meu pensamento sempre questionou. Achei você, a personagem. Troquei olhares, cultivei sorrisos, escrevi cartas, dei presentes, contava as horas pra acabar a aula e correr para os seus braços. Fui covarde e fui muito fraca, quando tive medo, “medo” de assumir o que sentia por você.  De uma hora pra outra cuidava pra que seu coração não acreditasse naquilo tudo;  Eu só consegui, mesmo com meu coração tão apertado, falar do amor do jeito que a gente acreditou um dia nas primeiras frases. Depois tive que escolher cada uma daquelas palavras ácidas porque não podia levar teu personagem pra guilhotina_ a protagonista não pode morrer no meio da trama. Mas eu não sabia mais o que fazer com você, eu queria desistir do teu personagem porque me doía inteira a idéia de ficar longe de você. Mudei de rumo desgostosa, eu te magoei em todas as paginas do nosso reencontro. Pode parecer loucura, mas não fui eu quem escolheu você me abandonar naquele dia frio, nunca escutei um CD que custasse tão caro só pra chorar depois em meio àquela gente cheia de pose.  Com o tempo percebi que eu era autora, e que cabia a mim, onde colocar pontos e vírgulas. Eu dona das minhas próprias palavras, e hoje dona de cada sofrimento e de cada sorriso. Como autora, percebi que você era a mulher mais incrível do livro, a mais interessante. E, quando eu achava que tinha todo o controle da situação, você me surpreendeu no final do capítulo cinco, querendo enfiar tua vida numa mochila e ganhar o mundo fora das minhas páginas. Você querendo todas as mulheres que poderiam ter sido minhas amigas. Desculpa eu ter feito você sentir tanta raiva, mas as pessoas vivem essas coisas.Eu tive e tenho muita raiva de ser a narradora de uma história que eu não controlava mais. Eu perdi autonomia, sai no meio do parágrafo, atravessando as ruas, saltando minhas vírgulas, tropeçando minhas aspas, desrespeitando meus parênteses. Eu tinha escrito uma cena na praia, no finalzinho da tarde, essas coisas que englobam uma lua inédita e cadernos espalhados em cima de uma canga colorida enquanto você e eu tomava um banho de mar num clima romântico.Mas a sua rebeldia me fez correr atrás de você e discutir a relação num capítulo inteiro, em cima daquela faixa de pedestre, tentando arrancar tua mochila enquanto os motoristas buzinavam furiosos por causa da baixaria debaixo do sinal vermelho-verde.Você bagunçou todo o meu roteiro.Foi por isso que dificultei a tua vida e te dei mais defeitos que charme.Eu feri tua vaidade usando teu nome e sobrenome verdadeiros para que não houvesse dúvidas de que era sobre você que eu estava falando. Foi por isso que meu final feliz incluiu o capitulo final, o capitulo que escrevo agora.
Ainda não publiquei o livro da nossa história real porque eu não queria que você descobrisse, antes da primeira edição, agora esgotada (meus pais já leram, a minha família, a tua, os meus amigos e os teus) todos já sabem o mal que eu te fiz e o ódio que você tem por mim, ódio pelo que eu fui; Eu publico agora o 10º capitulo da 2ºedição, que o meu amor por você é indiscutível, que eu lamento por te sido tudo isso. EU faria tudo de novo, não pra te fazer sofrer. Repetiria a dose só pra ter você no final de tudo. Porque eu te amo sem limites e desconheço quem sou quando estou ao seu lado, porque você me fez ser muito melhor que ontem.  “Do ódio ao amor supremo”.
Vou continuar a escrever, porque amo falar de você. E nunca mais você vai sair do meu lado.
Te amo!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Como tornar tudo um sonho acordado?

Ser feliz é um responsabilidade muito grande. Pouca gente tem coragem. Tenho coragem, mais com um pouco de medo. Às vezes me pego pensando num silêncio feliz. Busco você em todas as partes que se sobrepõe no meu dia, você é sempre aquele primeiro e último pensamento diario. Por enquanto tenho me recolhido em silêncio e no outro dia, observado ainda mais, as lacunas que foram deixadas na noite anterior.
Eu não sei como se entendem as coisas. Tudo parece tão louco. Estou viva ainda embora queira adormecer e sumir.
Às vezes você me coloca numa situação de ver um pouco além, porque a falta que você me faz supera todas as expectativas e frutações de um dia cheio e absurdamente cansativo. Mesmo assim, ainda quero você pra me acalentar nas noites de frio, pra dizer que é necessario ficar acordada e ver que o amor que sentimos é o mais Lindo, e que sem você é impossivel sonhar acordada.

domingo, 24 de outubro de 2010

Hoje está um dia de Nada


Voltei.
Voltei, pra largar as dores e transforma-las em palavras vivas
Parei de guardar os papeizinhos na agenda velha.
Hoje foi um dia de nada, uma dia que não consegui parar de pensar, no tempo que não existe.
O tempo não existe.
Sou feliz na hora errada. E fico triste na hora em que todos dançam.
Eu quero você depressa, eu quero você pra ontem.
Quero viver com você todos minutos em um só minuto.
Criei tantas expectativas, eu sonho tanto acordada e não tenho medo pras quedas.
Os sonhos são meus e eu não encontro pedras, nem degraus e nem obstáculos.
O que encontro é magoa, o medo descabido, e a certeza de um futuro que sempre espera por um amanhã que nunca evolui, que nunca evolui. O futuro as vezes apodrece o que é pra hoje.
De agora em diante o tempo vai ser sempre atual. Hoje é hoje, mesmo sendo um dia de nada.